Não é preciso se afastar muito de Santa Catarina para encontrar um cenário de estiagem. No Rio Grande do Sul, o céu nublado traz esperança para os agricultores, mas até agora, nada de chuva. Sem umidade no solo, o plantio da soja foi interrompido na região noroeste do estado. Ainda falta plantar 20% das lavouras e as que já foram cultivadas também sofrem com a estiagem.
Nas lavouras de milho, a perda chega a 50%. Faltou água justamente na fase mais importante: a do enchimento do grão. Na maior parte do Rio Grande do Sul a umidade varia de 20% a 40%, que é muito longe da ideal. O ideal seria de 70% a 80% para as lavouras que foram recém-plantadas.
Cento e nove municípios gaúchos decretaram situação de emergência por causa da estiagem. A projeção da METVALE para a segunda quinzena de dezembro não é nada otimista. O início do verão deve ser seco e com temperaturas elevadas. A previsão preocupa também os pecuaristas. Com pouco pasto e sem água, 30 animais já morreram em uma propriedade no município de Santa Vitória do Palmar. Conforme as projeções os últimos dias de dezembro devem reservar algo entrono de 5 a 15 mm de chuvas para o Vale do Rio Pardo, o que deve agravar ainda mais a situação na região. A tendência para o mês de janeiro é do retorno das chuvas, conforme as simulações os volumes devem variar entre 75 e 120 mm entre os dias 9 e 22 de janeiro, mas pela história climatológica da região não raro meses de janeiro chuvosos sempre foram uma ilha de unidade para a intensificação da estiagem. Um exemplo não muito distante foi a estiagem de 2003 e 2004, onde o mês de janeiro de 2004 teve chuva acima da média com volumes de 80 e 130 mm em sete dias e posteriormente a estiagem se agravou entre fevereiro e março estendendo-se até agosto do mesmo ano. Portanto qualquer excesso agora não deve ser considerado um alívio mas sim atenção.
PODERIA A NATUREZA ESTAR ARMANDO UMA PEÇA.
Mas mesmo com todo o processo de estiagem e mesmo o Pacífico apresentando uma condição de neutralidade, poderia a natureza estar armando uma peça?
Observe como estavam as condições do Oceano Pacífico no super El Ninõ de 1982 e 1983.
Em 1982
Em 1983
CONDIÇÃO DE ANOMALIAS NO PACÍFICO:
Ainda é cedo para fazermos afirmações, nos últimos dias aumentaram as anomalias negativas no centro do Pacífico, já configurando uma La ninã de fraca intensidade. Mesmo assim o maior Oceano do Planeta ainda controla o clima em situação de normalidade. No momento em que os gaúchos amargavam em uma condição de estiagem semelhante entre 2005 e 2006, alguns dos principais órgãos oceanográficos do planeta indicavam um El ninõ fraco em 2007, mas que o Pacífico deveria desencadear um forte El ninõ entre 2009 e 2010. Ainda é cedo para fazer afirmações, mas certamente tem algo escondido em baixo do tapete. Os gaúchos de uma coisa podem ter certeza. A chuva que irá retornar dentro de 15 a 20 dias para amenizar os efeitos da estiagem, não será simplesmente uma chuva calma, provavelmente virá acompanhada de fortes temporais e granizo, como sempre foi nos últimos anos.
Verão será chuvoso no Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil
O verão começa às 10h04min do próximo domingo (21) e como é típico da estação, os meses deverão ter muita chuva no Norte, Sudeste e Centro-Oeste. A Região Sul normalmente vive um verão seco e quente e por conta do retorno da La Niña, a partir de fevereiro ou março, a seca poderá ser ainda mais acentuada. Já no Nordeste, cada Estado terá um verão com um jeito diferente. Confira a previsão abaixo.
PROVAVELMENTE A NATUREZA ESTÁ ARMANDO UMA PEÇA E SEREMOS PEGOS DE SURPRESA. AGUARDEM!!!
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