quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

BALANÇO PLUVIOMÉTRICO

CHUVA REGISTRADA DAS 8:00 DO DIA 24 DE DEZEMBRO ATÉ AS 8:00 HORAS DE HOJE 25 DE DEZEMBRO
ARROIO DO TIGRE: 3mm; BARROS CASAL: 20mm; BOQUEIRÃO DO LEÃO:7mm; CANDELÁRIA: 25 mm; ENCRUZILHADA DO SUL: 12 mm; ESTRELA VELHA: 20; GENERAL CÂMARA: 20 mm; GRAMADO XAVIER: 7 mm; HERVEIRAS: 0 mm; IBARAMA: 10 mm; LAGOÃO: 7; PANTANO GRANDE: 25 mm; PASSA SETE: 15 mm; PASSO DO SOBRADO: 36 mm; RIO PARDO: 52 mm; SANTA CRUZ DO SUL: 15 mm; SEGREDO: 5 mm; SINIMBU: 2,5 mm; SOBRADINHO: 10 mm; TUNAS: 5; VALE DO SOL 30 mm; VALE VERDE: 16 mm; VENÂNCIO AIRES: 5 mm; VERA CRUZ: 17 mm. CONFIRA A ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO VALE DO RIO PARDO REFERENTES AOS MAIORES VOLUMES DE CHUVA ENTRE OS DIAS 23 E 24 DE DEZEMBRO RIO PARDO: 64 E 100mm; 2° BARROS CASSAL: 70mm; 3° PASSO DO SOBRADO: 53 mm; 4° CANDELÁRIA: 50mm; 5° VALE VERDE 46mm;6° VALE DO SOL: 40mm; 7° ENCRUZILHADA DO SUL:34mm; 8° PANTANO GRANDE:31mm; 9° GENERAL CÂMARA: 30mm; 10° ESTRELA VELHA E VERA CRUZ: 20mm; 11°: SANTA CRUZ DO SUL: 18mm; 12°BOQUEIRÃO DO LEÃO: 17mm; 13° PASSA SETE: 15mm; 14° IBARAMA: 14mm; 15° VENÂNCIO AIRES: 11mm; 16° SOBRADINHO: 10 mm; 17° ARROIO DO TIGRE: 8mm; 18° SINIMBU: 7,5mm; 19° GRAMADO XAVIER E LAGOÃO: 7mm; 20°SEGREDO E TUNAS: 5mm; 21° HERVEIRAS: 2mm.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

POST ESPECIAL DE NATAL

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez de amor Uma prece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples. Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos. Assim, Amigo(a), Todos os dias deste ano, Você esteve presente. Fazendo-me sorrir quando eu mais queria chorar. Todas suas palavras confortaram Meu coração quando eu mais precisei. E é com todo carinho que desejo Tudo de bom na sua vida, Um Natal repleto de alegrias. E que todos seus sonhos se tornem realidade neste E em todos os Natais que ainda virão. Um forte abraço. E Feliz Natal! Que em 2009 eu possa estar ao seu lado acompanhando sempre, para que dê passos firmes, rumo a um futuro promissor!! OBRIGADO POR TODOS QUE ADOTARAM O BLOG METVALE COMO PRINCIPAL FONTE DE CONSULTA EM METEOROLOGIA DA REGIÃO, SÃO MAIS DE 200 EMAILS/DIA COM ELOGIOS E PERGUNTAS REFERENTES AO CLIMA E A BIODIVERSIDADE. EM RECONHECIMENTO A TODOS EM JANEIRO SERÁ DIVULGADO UM MEGA BLOG DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ONDE TODOS PODERÃO SER PARCEIROS NA ELABORAÇÃO DE POSTS. OBRIGADO E UM FELIZ 2009 DE CORAÇÃO. ATT. NILMAR AZEVEDO DE MELO BOLSISTA FAPERGS (FUNDO DE AMPARO A PESQUISAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL), EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2008/2010.

EM FIM UM BOM PRESENTE DE NATAL

CHUVA REGISTRADA DAS 13:00 DE ONTEM ATÉ AS 8:00 HORAS DE HOJE
ARROIO DO TIGRE: 5mm; BARROS CASAL: 50mm; BOQUEIRÃO DO LEÃO:10mm; CANDELÁRIA: 25 mm; ENCRUZILHADA DO SUL: 22 mm; ESTRELA VELHA: ND; GENERAL CÂMARA: 10 mm; HERVEIRAS: 2 mm; IBARAMA: 4 mm; LAGOÃO: ND; PANTANO GRANDE: 6 mm; PASSA SETE: 0 mm; PASSO DO SOBRADO: 17 mm; RIO PARDO: 10 E 40 mm; SANTA CRUZ DO SUL: 3 mm; SEGREDO: 0 mm; SINIMBU: 5 mm; SOBRADINHO: 0 mm; TUNAS: ND; VALE DO SOL 10 mm; VALE VERDE: 30 mm; VENÂNCIO AIRES: 6 mm; VERA CRUZ: 3 mm. Vale lembrar que as chuvas seguem irregulares, em Rio Pardo por exemplo, os volumes ontem variavam entre 10 e 40 mm, agora até as 10:00 da manhã os índices em Rio Pardo oscilam entre 25 e 65 mm. Segue o risco de chuva para todo o dia de hoje, mas no decorrer do período da tarde a chuva deve ir diminuindo devido ao avanço de uma maça de ar seco vinda do oeste. QUE PRESENTÃO DE NATAL. LOGO MAIS A TARDE POST ESPECIAL DA METVALE.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

PREVISÃO PARA JANEIRO, FEVEREIRO E MARÇO

Frente as condições atmosféricas atuais e configuração de um novo evento de La Ninã os próximos meses devem ser de chuvas irregulares e abaixo da média climatológica em grande parte do estado.
A previsão climática de precipitação para o trimestre janeiro, fevereiro e março de 2009 (JFM) indica que na maior parte da Região Sul, exceto o litoral, há maior probabilidade de ocorrência de totais pluviométricos sazonais abaixo da média. As temperaturas médias do trimestre devem variar entre normal e acima da média nas Regiões Sul e Sudeste.
Frente a condição de estabelecimento do fenômeno La Ninã nos próximos meses segue abaixo a média climatológica e desvio de precipitação para o estado do Rio Grande do Sul nos próximos meses. Em janeiro as chuvas devem ficar entre 25 a 50 mm abaixo da média no centro, sul, oeste e noroeste. Nas missões o volume de chuva deve ficar entre 50 e 75 mm abaixo da normal climatológica. No leste da região a tendência é de chuvas dentro da média. No mês de fevereiro a tendência é de chuvas entre 25 e 50 mm abaixo da média no sul do estado, na metade norte a tendência é de chuvas dentro da normal climatológica.
Para março os modelos indicam chuvas dentro da normal climatológica para todo o estado do Rio Grande do Sul.
O TRIMESTRE JANEIRO, FEVEREIRO E MARÇO deverá apresentar temperaturas um pouco acima da média. O risco de temporais e queda de granizo será mais comum, porém as chuvas deverão manter um padrão de má distribuição temporal, intercalando dias de forte instabilidade e sequência de semanas sem chuvas o que deverá agravar o processo de estiagem que já traz transtornos para a região. TENDÊNCIA Para o mês de abril observa-se a manutenção de pouca chuva para o RS e já é possível observar o estabelecimento de uma nova estiagem no centro do país. No mês de maio observa-se a tendência de uma estiagem muito forte no centro do país e segue um quadro de tempo seco no RS. Para junho é possível observar um padrão extremamente seco no centro do país, em Santa Catarina, Paraná e no sul e oeste do RS as chuvas seguem abaixo do normal. Aos poucos as chuvas voltam a intensificar sobre o estado. Em julho o tempo seco toma conta do pais, uma grande estiagem deverá abater o centro e o nordeste do Brasil. Observa-se também uma redução significativa de chuvas no norte da região Norte. No sul do país e sobre o RS aos poucos as chuvas voltam a normalidade. Conforme os modelos de computador as estiagem que atinge o RS só deverá voltar a ser amenizada a partir da segunda quinzena de junho. Mas a normalização e a recuperação dos resrvatórios e dos rios só deverá voltar ao normal no mês de setembro.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

UM PEDIDO AO PAPAI NOEL

O Natal está chegando, as crianças que sonham em receber um presente do Papai Noel, já escrevem suas cartinhas. Mas nas últimas semanas, o que se vê no Rio Grande do Sul, são pedidos e sonhos um tão pouco diferentes. Centenas de pessoas estão apelando para a religião e a rituais pedindo pelo retorno da chuva. Ao todo 18 municípios já decretaram situação de emergência no estado e pelo menos 50 já estão analisando as perdas para também decretarem ao estado. Mas ao que parece as preces serão atendidas pelo bom velhinho. As mais recentes saídas dos modelos estão indicando instabilidades isoladas entre segunda e terça-feira, o que poderá trazer chuvas e até mesmo temporais isolados provenientes do calor. Mas o otimismo maior é para a frente fria que deverá atingir o estado entre quarta e quinta-feira, aí sim trazendo chuvas mais homogêneas e bem distribuídas para todas as regiões. Alguns modelos de previsão indicam acumulados entre 20 e 50 mm para o estado o que já seria um alívio para nossa agricultura que está agonizando pela falta de chuvas. Ao mesmo tempo que alguns comemoram a possibilidade de chuvas ao longo de toda a próxima semana, há quem reclama. Alguns canais locais de TV dizem que "a chuva virá para infernizar a vida dos veranistas". Mais uma boa notícia é a possibilidade de chuvas fortes também entre os dias 28 e 31 de dezembro onde algumas simulações indicam volumes entre 50 e 150 mm para o estado. Estamos de olhos no céu e na torcida pela chuva, mas desde já a METVALE alerta que as instabilidades da semana que vem e entre os dias 28 e 31 de dezembro deverão vir acompanhadas de rajadas de vento, temporais severos e até mesmo granizo de grande porte não pode ser descartado. Em boletim divulgado pela METVALE no início de dezembro já alertávamos para chuvas e um quadro preocupante de tempo severo entre o fim de dezembro e início de janeiro, mas salientamos mais uma vez que estas instabilidades terão o caráter localizado e dentro de um mesmo município enquanto uma localidade estará com sol forte outra poderá estar sofrendo com chuva torrencial e tempestades severas. Estaremos monitorando as condições atmosféricas para a proxima semana, caso ocorra alguma alteração estaremos publicando um novo post. PREVISÃO ELABORADA POR MARINA VARONE MANFFRA E EDITADA POR NILMAR AZEVEDO DE MELO. (METVALE) Centro de Estudos em Meteorologia e Ecologia do Vale do Rio Pardo)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

DO AQUECIMENTO AO ESCURECIMENTO GLOBAL

Ainda não nos acostumamos com o susto do Aquecimento Global e apareceu uma notícia um pouco pior, falando-nos de um certo Escurecimento. Para mim foi um grande susto. Estava organizando dados para uma Palestra de Meio Ambiente quando me deparei com o novo tema. A princípio, preciso confessar, cheguei a duvidar da veracidade dos fatos e acreditar que fossem previsões do Apocalipse. De tempos em tempos aparece algum maluco falando de fim da humanidade. Todos podem lembrar-se da virada do século quando muita gente boa preocupou-se com a chegada do novo milênio. Afinal o que é o Escurecimento Global? Cientistas que estudavam climatologia, perceberam que a evaporação da água nas estações de meteorologia estava diminuindo. Verificaram que as medições feitas desde 1.950 demonstravam claramente que havia algo errado. Após aprofundados estudos e verificações, pesquisadores de diferentes partes do planeta chegaram às mesmas conclusões. Algo estava influenciando na quantidade de raios solares que incidiam sobre a superfície da Terra. Diversas hipóteses foram analisadas e a conclusão foi que as partículas em suspensão na atmosfera estavam refletindo a luz solar. Mais uma vez o progresso humano parecia ser o responsável pelos males ambientais. Estabeleceu-se um paradoxo. A diminuição da incidência dos raios solares deveria, em tese, esfriar a superfície do planeta. Se isto não estava ocorrendo era porque o processo inverso, o Aquecimento Global, estava mascarando o Escurecimento Global. A mídia nunca deu muita importância, especialistas climáticos falam pouco ou não prestam a devida atenção e os relatórios do IPCC nem ao menos o citam.

O escurecimento global é a diminuição da quantidade de radiação que chega à superfície terrestre que, paradoxalmente, pode significar que o aquecimento global é muito mais ameaçador do que se pensava.

Muitas pesquisas foram publicadas nos anos 90 sobre o assunto e reportavam que os raios solares decaiam na Irlanda, que tanto a Antártida quanto o Ártico estavam ficando mais escuros e que a luz no Japão, a suposta terra do sol nascente, estava na verdade diminuindo.

Dados revelam que nos últimos 50 anos a quantidade média de radiação solar que atingiu o solo caiu em 3% a cada década. Apesar de parecer pequeno, implica em conseqüências para as mudanças climáticas, energia solar e fotossíntese das plantas. Outros estudos mostraram ainda que a radiação solar havia caído 10% nos EUA, cerca de 30% em partes da antiga União Soviética e 16% em partes das ilhas britânicas.

Apesar das últimas pesquisas sobre o assunto terem sido publicadas em revistas científicas há dois anos, o fenômeno continua nos céus esperando para que alguém o acompanhe atentamente.

Quem e como descobriu?

Em 1985, o pesquisador geográfico Atsumu Ohmura, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, descobriu que os níveis de radiação solar haviam caído mais de 10% em três décadas. “Eu estava chocado. A diferença era tão grande que eu não conseguia acreditar”, disse.

Ohmura foi o primeiro cientista a publicar um estudo sobre o “escurecimento global”, em 1989. Claro, foi totalmente ignorado pela comunidade cientifica que andava se preocupando com o inverso – o aquecimento global.

Em 2001, o inglês Gerry Stanhill, em conjunto com Shabtai Cohen, publicou uma pesquisa que comparava os registros de raios solares em Israel nos anos 50 com os atuais. O pesquisador observou uma impressionante queda de 22% dos raios solares, que o deixou surpreso. Intrigado, ele foi em busca de dados similares de outros pontos do mundo, e encontrou a mesma história em todo local que procurava.

Eles coletaram todas as evidências disponíveis e provaram que, em média, os registros mostravam que a quantidade de radiação solar que alcançava a superfície da Terra tinha diminuído entre 0,23 e 0,32% em cada ano, entre os anos de 1958 e 1992.

Stanhill batizou o fenômeno de “escurecimento global” e, a sua pesquisa também foi recebida com ceticismo pela comunidade científica.

Porém naquele mesmo ano, o cientista climático Graham Farquhar, da Universidade Nacional da Austrália e seu colega Michael Roderick publicaram um estudo que cruzava dados sobre o escurecimento global com taxas de evaporação das chuvas na revista mais bem conceituada americana - a Science. Depois de mais de 20 anos da primeira observação, o escurecimento global finalmente ganhava destaque.

Farquhar utilizou um método completamente diferente para confirmar as conclusões de Stanhill. Estudos e mais estudos usando uma panela de metal cheia de água mostraram que as taxas de evaporação têm caído nos últimos anos. Este era um dos maiores mistérios da ciência climática, uma vez que, já constatado o aquecimento da Terra, esperava-se um aumento na taxa de evaporação.

Quando Farquhar comparou estes dados com os do escurecimento global, eles bateram perfeitamente. A redução na evaporação era causada pela menor quantidade de água que brilhava na superfície aquática. Foi então que os cientistas climáticos acordaram para o problema e começaram a tomar nota, apesar de alguns ainda se recusarem a aceitar, acusando a falta de precisão do equipamento de registro dos dados.

“É uma coisa extraordinárias que, por alguma razão, isto não penetrou nem mesmo nos pensamentos das pessoas que olham para as mudanças climáticas globais”, disse o Farquhar para o jornal britânico The Guardian, em uma reportagem de 2003.

O cientista atmosférico do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, Martin Wild, liderou um estudo publicado na Science em 2005 que mostra que houve um significativo escurecimento sobre a Terra até cerca de 1990, quando os dados sugerem que iniciou um processo gradual de “luminosidade”. Wild atribui o brilho atual ao bem sucedido esforço no controle da poluição.

“De 1960 a 1980, o escurecimento foi grande o suficiente para contrabalancear o aumento induzido dos gases do efeito estufa e diminuir as grandes ondas de radiação”, disse.

Um time liderado por Bruce A. Wielick, do Centro de Pesquisas Langley da Nasa, na Virgìnia, produziu relatos das medidas do satellite da agência Aqua que mostraram uma pequena queda na quantidade de luz refletida para fora da Terra desde 2000. Os resultados da Nasa conflitam nas medidas, sugerindo que a Terra teria recomeçado o processo em 2001.

Em um artigo publicado na Revista Science, James E. Hansen, do Instituto Goddard para estudos espaciais, de Nova York, e seus colegas dizem que muito do excesso de calor gerado pelo aquecimento global tem estado armazenado nos oceanos. Mesmo se mais nenhum gás do efeito estufa for liberado para a atmosfera, eles afirmam, a Terra ficará mais quente nas próximas décadas, uma vez que o calor dos oceanos será liberado.

Pesquisadores do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico em Washington descobriram que a quantidade de luz que chegava na China caiu em 3,7 watts por jarda quadrada nos últimos 50 anos. As pesquisas foram publicadas no Geophysical Research Letters em 2006.

Como é medida?

A radiação solar é medida vendo quanto o lado de um prato preto aquece quando exposto ao sol, comparado com o outro lado, que está na sombra. É um equipamento relativamente simples e não existem maneiras de provar qual exatas são as medidas feitas 30 anos atrás. “Para detectar mudanças temporais você precisa de dados muito bons, senão estará apenas analisando a diferença entre dados de sistemas possivelmente recuperados (data retrieval systems)”, diz Ohmura.

No início de 2006, a Nasa abandonou um programa que poderia ter oferecido, de alguma maneira, evidências do fenômeno. O Deep Spack Climate Observatory foi criado para observar a luminosidade do sol sobre um lado da Terra durante longos períodos.

Segundo Robert Charlson, do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de Washington, em Seattle, o satélite poderia oferecer dados sobre o escurecimento global, assim como sobre o aquecimento. O aparelho foi construído e preparado para ser lançado em 2001, porém com os ataques terroristas e a perda da nave Columbia em 2003, o lançamento foi adiado.

O resultado foi que os pesquisadores estão limitados a fotos de satélites e instrumentos de leitura no solo.

Causa

Os cientistas suspeitam que o fenômeno seja causado pela poluição. Queima de carvão, petróleo e madeira, carros e usinas energéticas não produzem apenas gases invisíveis como o dióxido de carbono, principal responsável pelo Efeito Estufa, mas também minúsculas partículas de poeira, soot, componentes sulfúricos e outros poluentes.

Essa poluição atmosférica visível reflete a luz solar de volta ao espaço, não a deixando chegar ao solo. Além disso, ela muda as propriedades ópticas das nuvens. Nuvens poluídas contem um maior número de gotas do que as não poluídas (pq?)

Pesquisas recentes mostram que isto as faz refletir mais do que o normal, o que mais uma vez provoca reflexos dos raios solares para o espaço.

A pesquisadora Rachel Pinker, da Universidade de Maryland, também nos Estados Unidos, tem feito estudos baseados em imagens de satélites e argumenta que os números sugerem que algo esteja acontecendo, só não existem dados suficientes para saber o que é. "Isto pode ser o nível dos poluentes, mas também pode ser a interação de nuvens de aerosol ou instrumentos diferentes que estão fazendo as leituras”, disse em reportagem para o ABC News em 2006.

Conseqüências

Há sugestões de que o escurecimento está por detrás das secas da África subsaariana, o que acabou com milhares de vidas nos anos 70 e 80. Hoje se suspeita que a mesma coisa esteja acontecendo na Ásia, casa para mais da metade da população mundial.

“Minha principal preocupação é que o escurecimento global está causando um impacto destrutivo às monções asiáticas e estamos falando de bilhões de pessoas”, diz o professor de ciências climáticas e atmosféricas da Universidade da Califórnia, San Diego, Veerhabhadran Ramanathan.

O mais alarmante é que os cientistas podem ter subestimado o verdadeiro poder do efeito estufa. Eles sabem quanta energia extra tem sido mantida na atmosfera terrestre em função do dióxido de carbono que emitimos. O os surpreendem é que esta energia extra até agora resultou em um aumento de apenas 0.6º C.

A conclusão para muitos era de que o clima atual é menos sensível ao efeito do dióxido de carbono (CO2) que era, digamos, na era do gelo, quando um aumento similar de CO2 levaria a um aumento de 6º C.

Mas agora parece que o aquecimento dos gases do efeito estufa foi neutralizado por um forte efeito de resfriamento causado pelo escurecimento – na verdade um ou dois poluentes teriam cancelado um ao outro. Isto significa que o clima na verdade é mais sensível ao efeito estufa que se pensava anteriormente.

Se for isso, então temos más notícias, de acordo com Peter Cox, um dos modelares climáticos líderes do mundo. Do jeito que as coisas andam, os níveis de CO2 são projetados para crescer fortemente nas próximas décadas, enquanto existem fortes sinais de que as partículas poluentes têm sido controladas.

Ohmura diz que as imagens de satélite das nuvens sugerem que o céu se tornou ligeiramente mais limpo desde o início da década de 90 e isto vem sendo acompanhado por uma abrupta subida de temperatura. Ambos os fatos podem indicar que o escurecimento global está diminuindo, e isto pode estar ligado à redução geral da poluição atmosférica, através do declínio da indústria pesada em partes do mundo nos anos recentes.

Também é possível que o escurecimento global não seja inteiramente causado pela poluição atmosférica. “Eu não acredito que os aerossóis sozinhos poderiam causar tanto escurecimento global”, diz Farquhar.

Até as mais pessimistas previsões de aquecimento global precisariam de uma revisão dramática, pois com um aumento de 10º C nas temperaturas em 2100 em jogo, daria ao Reino Unido um clima como o da África do Norte, e deixaria muitas partes do planeta desabitadas.

Fonte: CarbonoBrasil

AQUECIMENTO GLOBAL DISPARA APARTIR DE 2009

Previsão para a próxima década é de calor bem acima da média. Até lá, no entanto, fenômenos naturais desequilibram tendência e esfriam planeta. O aquecimento global está dando uma trégua, e deve continuar assim nos próximos meses, mas voltará com força total a partir de 2009. É o que afirma uma previsão climática para a próxima década, feita por cientistas britânicos. Segundo o estudo, os anos entre 2009 e 2013 serão todos mais quentes que o ano de maior calor já registrado, 1998. A maioria dos modelos de computador que faz previsões de longo prazo sobre o clima se baseia apenas nos dados sobre o aquecimento global causado pela ação do homem. O modelo usado pelos pesquisadores do Departamento de Meteorologia da Grã-Bretanha, no entantou, inovou ao aliar esses dados com outros sobre fenômenos naturais, como correntes e temperaturas marítimas. Com as informações usadas em conjunto, os cientistas conseguiram montar um quadro detalhado do que nos espera em termos de clima para os próximos anos. A tendência para a década é de um aumento considerável de temperaturas. Apesar disso, os três ou quatro anos após 2005 não serão tão quentes assim. Ou seja, nós não estamos passando agora pelo momento mais delicado do aquecimento. Isso porque os fenômenos climáticos “naturais”, como o El Niño, estão desequilibrando a delicada balança do clima global. Seus efeitos são mais fortes do que os dos gases de efeito estufa, e, por isso não está esquentando tanto. A partir de 2009, no entanto, o calor deve vir com toda a força. O aquecimento vai superar os efeitos dos fenômenos naturais, e promete mudanças climáticas significativas. Em seu trabalho publicado na “Science” desta semana, os pesquisadores, liderados por Douglas Smith, pedem que os governantes se preparem para esses próximos anos. Segundo eles, temos a oportunidade de planejar como melhor enfrentar o problema, melhorando a infraestrutura de saúde, as políticas energéticas e a atuação de empresas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

RIO GRANDE DO SUL SOFRE COM ESTIAGEM - QUADRO É PREOCUPANTE E LA NINÃ ESTÁ RETORNANDO.

Não é preciso se afastar muito de Santa Catarina para encontrar um cenário de estiagem. No Rio Grande do Sul, o céu nublado traz esperança para os agricultores, mas até agora, nada de chuva. Sem umidade no solo, o plantio da soja foi interrompido na região noroeste do estado. Ainda falta plantar 20% das lavouras e as que já foram cultivadas também sofrem com a estiagem.

Nas lavouras de milho, a perda chega a 50%. Faltou água justamente na fase mais importante: a do enchimento do grão. Na maior parte do Rio Grande do Sul a umidade varia de 20% a 40%, que é muito longe da ideal. O ideal seria de 70% a 80% para as lavouras que foram recém-plantadas.

Cento e nove municípios gaúchos decretaram situação de emergência por causa da estiagem. A projeção da METVALE para a segunda quinzena de dezembro não é nada otimista. O início do verão deve ser seco e com temperaturas elevadas. A previsão preocupa também os pecuaristas. Com pouco pasto e sem água, 30 animais já morreram em uma propriedade no município de Santa Vitória do Palmar. Conforme as projeções os últimos dias de dezembro devem reservar algo entrono de 5 a 15 mm de chuvas para o Vale do Rio Pardo, o que deve agravar ainda mais a situação na região. A tendência para o mês de janeiro é do retorno das chuvas, conforme as simulações os volumes devem variar entre 75 e 120 mm entre os dias 9 e 22 de janeiro, mas pela história climatológica da região não raro meses de janeiro chuvosos sempre foram uma ilha de unidade para a intensificação da estiagem. Um exemplo não muito distante foi a estiagem de 2003 e 2004, onde o mês de janeiro de 2004 teve chuva acima da média com volumes de 80 e 130 mm em sete dias e posteriormente a estiagem se agravou entre fevereiro e março estendendo-se até agosto do mesmo ano. Portanto qualquer excesso agora não deve ser considerado um alívio mas sim atenção.

PODERIA A NATUREZA ESTAR ARMANDO UMA PEÇA.

Mas mesmo com todo o processo de estiagem e mesmo o Pacífico apresentando uma condição de neutralidade, poderia a natureza estar armando uma peça?

Observe como estavam as condições do Oceano Pacífico no super El Ninõ de 1982 e 1983.

Em 1982

Em 1983

Em novembro de 1982, águas de 28ºC chegaram à América Central e só retrocederam no ano seguinte. Em todo o Pacífico, a temperatura variou até 8ºC.
CONFIRA A CONDIÇÃO ATUAL DO PACÍFICO E COMPARE COM AS IMAGENS ACIMA:

CONDIÇÃO DE ANOMALIAS NO PACÍFICO:

Ainda é cedo para fazermos afirmações, nos últimos dias aumentaram as anomalias negativas no centro do Pacífico, já configurando uma La ninã de fraca intensidade. Mesmo assim o maior Oceano do Planeta ainda controla o clima em situação de normalidade. No momento em que os gaúchos amargavam em uma condição de estiagem semelhante entre 2005 e 2006, alguns dos principais órgãos oceanográficos do planeta indicavam um El ninõ fraco em 2007, mas que o Pacífico deveria desencadear um forte El ninõ entre 2009 e 2010. Ainda é cedo para fazer afirmações, mas certamente tem algo escondido em baixo do tapete. Os gaúchos de uma coisa podem ter certeza. A chuva que irá retornar dentro de 15 a 20 dias para amenizar os efeitos da estiagem, não será simplesmente uma chuva calma, provavelmente virá acompanhada de fortes temporais e granizo, como sempre foi nos últimos anos.

Verão será chuvoso no Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil

O verão começa às 10h04min do próximo domingo (21) e como é típico da estação, os meses deverão ter muita chuva no Norte, Sudeste e Centro-Oeste. A Região Sul normalmente vive um verão seco e quente e por conta do retorno da La Niña, a partir de fevereiro ou março, a seca poderá ser ainda mais acentuada. Já no Nordeste, cada Estado terá um verão com um jeito diferente. Confira a previsão abaixo.

Este verão será marcado pela falta de chuvas regulares no interior da Região Sul, especialmente oeste do Rio Grande do Sul. Já no litoral de Santa Catarina e Vale do Itajaí, há previsão de grandes temporais. "Teremos a passagem de frentes frias que poderão encontrar águas mais quentes na costa, além de da formação áreas de instabilidade conhecidas por Vórtices Ciclônicos".
Quanto às temperaturas, elas prometem ficar bastante elevadas, especialmente no interior da Região. Nas regiões em que há previsão de chuvas até fará um pouco de calor, mas a maior quantidade de nuvens irá impedir temperaturas extremas.

PROVAVELMENTE A NATUREZA ESTÁ ARMANDO UMA PEÇA E SEREMOS PEGOS DE SURPRESA. AGUARDEM!!!